quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bases dos Estados Unidos na Colômbia

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira, requerimento para a criação de uma comissão de deputados que pretende conferir in loco a situação das bases colombianas que serão utilizadas por militares e civis dos Estados Unidos.
O governo e o Congresso da Colômbia serão consultados sobre a possibilidade de uma delegação de deputados brasileiros viajar as sete bases militares daquele país. O acordo firmado entre Colômbia e Estados Unidos tem tirado o sono de muita gente na região.
O embaixador da Colômbia no Brasil, Tony Jozame, já havia discutido essa possibilidade com um grupo de senadores que se reuniu com o presidente Álvaro Uribe, em Brasília, há duas semanas.
Além de oferecer todas as informações necessárias para o esclarecimento acerca dos entendimentos mantidos com os norte-americanos, Jozame convidou o grupo para conhecer as bases.
Os deputados querem ser incluídos no pacote.
As sete bases colombianas que serão utilizadas pelos norte-americanos se espalham do litoral do Caribe, no norte, até as planícies do sudeste, a cerca de 400 km das fronteiras com o Brasil e a Venezuela.
O número de militares dos Estados Unidos na Colômbia passa dos atuais 250 para 800. Outros 600 civis também estarão autorizados a participarem de operações naquele país.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma verba de US$ 513 milhões para o combate ao narcotráfico e à insurgência na Colômbia. Grande parte deste montante vai para operações militares.
Depois dos países do Oriente Médio, a Colômbia é o que mais recebe ajuda militar norte-americana.

Equador: cooperação em Defesa

O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, o acordo de cooperação em matéria de Defesa firmado entre Brasil e Equador em 2007.

O texto já havia sido aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional com parecer favorável do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).

Este acordo estabelece regras gerais para o aprofundamento da cooperação em temas militares. O conhecimento na área de ciência e tecnologia, por exemplo, será compartilhado e os dois países pretendem ainda implementar iniciativas comerciais relacionadas a materiais e serviços vinculados à área de Defesa.

O Equador já decidiu comprar aviões Super Tucano, fabricados pela Embraer, para vigiar as suas fronteiras, principalmente com a Colômbia.

Venezuela no Mercosul

Nesta quarta-feira, senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, recebem o presidente do Senado paraguaio, Miguel Carrizosa, que está em Brasília acompanhado por uma comitiva de parlamentares do país vizinho.
Entre os temas que serão tratados, está a adesão da Venezuela ao Mercosul. Brasil e Paraguai ainda não ratificaram o Protocolo e há cerca de uma semana, o presidente Fernando Lugo retirou o texto do Parlamento paraguaio para evitar o vexame de vê-lo rejeitado.
Os senadores brasileiros de oposição, adorariam ver o texto rejeitado no Paraguai. Desta forma, poderiam aprovar o documento aqui e nem assim a Venezuela integraria o bloco.
O problema é que os paraguaios também esperam que o Brasil rejeite o acordo para poder dizer sim.
Seria mais ou menos como dizer: nenhum deles quer aprovar o texto, mas também não querem perder os investimentos venezuelanos.

Conflitos internacionais

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, comparece à Comissão de Relações Exteriores do Senado, nesta quinta-feira, 27, para falar sobre o processo de aquisição de submarinos franceses.
Originalmente, quem deveria falar era o comandante da Marinha, Almirante Júlio Soares de Moura Neto, que em outra oportunidade deverá ser convidado pelos senadores.
Caberá à Comissão de Assuntos Econômicos, aprovar ou não o financiamento externo que viabilizará as compras militares - também dos caças incluídos no programa FX2, da Força Aérea Brasileira.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que pediu a audiência com o ministro da Defesa, quer saber:
- Com quais cenários de conflitos internacionais envolvendo o Brasil trabalham as Forças Armadas;
- Quais os necessários equipamentos para enfrentar os conflitos baseados nesses cenários e em que forma os novos equipamentos são armas necessárias;
- Como nesses cenários o conhecimento da ciência e tecnologia é considerado um recurso fundamental;
- Além do reequipamento físico, quais as necessidades e recursos necessários e métodos para o equipamento científico e tecnológico inclusive com o apoio do ITA e Aramar;
- Quais os recursos necessários para o fortalecimento dos serviços de inteligência internacional.
Buarque pretendia travar o debate acerca dessas questões também com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Bases dos Estados Unidos na Colômbia

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, recebeu na manhã desta quarta-feira, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Severiano Alves (PDT-BA), acompanhado de um grupo de deputados.
Eles discutiram questões relacionadas à Estratégia Nacional de Defesa.
Às 17h30, Jobim participa de Reunião Extraordinária Reservada com integrantes da CREDN e em seguida, de audiência pública.
De acordo com Severiano Alves, a Reunião Reservada foi solicitada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). O deputado quer discutir os "impactos para a defesa nacional relacionados à instalação de nova base militar dos EUA na Colômbia e a transferência de armamentos venezuelanos para as FARC".
A audiência pública será realizada para debater os temas: Construção do submarino nuclear e teste nuclear da Coreia do Norte. Na quinta-feira, Jobim fala sobre a compra de submarinos à Comissão de Relações Exteriores do Senado.