segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Estrangeiros são donos de 0,45% do Brasil

Publicado originalmente no site InfoRel, em 28/07/2008 - 19h46
Segurança e Defesa O vice-presidente do Panamá, Samuel Lewis Navarro, que também é o ministro de Relações Exteriores do país, abre nesta quarta-feira em cerimônia no Canal do Panamá, a Conferência Sub-regional de Segurança e Defesa, promovida pelo Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa (CHDS) com o apoio do governo panamenho. Especialistas, acadêmicos e autoridades das três Américas, Estados Unidos e Espanha, estarão presentes. O InfoRel cobre com exclusividade o evento desde a Cidade do Panamá, capital do país. Amazônia Em maio, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), confirmou a existência de um relatório reservado dando conta que o sueco Johan Eliasch, um dos consultores do primeiro-ministro inglês Gordon Brown, teria manifestado o interesse em comprar a floresta amazônica por US$ 50 bilhões. Ele teria adquirido 160 mil hectares de terras nos estados do Amazonas e Mato Grosso. Há época, muito se falou sobre a facilidade com que estrangeiros penetram a Amazônia brasileira. A soberania nacional é ameaçada. O governo reagiu. Parlamentares de esquerda e de direita reclamaram. Mas, na prática, a Amazônia está sendo perdida para a incompetência e a retórica, não para os países ricos. Por outro lado, o INCRA assegura que dos imóveis cadastrados pelo órgão, 0,66% pertencem a estrangeiros, que teriam a posse de 0,45% do território brasileiro. Os números, no entanto, não são confiáveis uma vez que os imóveis cadastrados em Rondônia, por exemplo, alcançam uma área maior que a do estado. Também é preciso um pouco mais de racionalidade na hora de analisar o tema. Uma das manchetes recentes diz que os estrangeiros compram “seis mônacos” por dia. Mônaco tem uma área de 1,95 km quadrados. Isso significa que estrangeiros estariam comprando 11,7 km quadrados diariamente. Para que comprar todo o país, precisarão de 1993 anos! Brasiguaios No dia 15 de agosto, o ex-bispo católico Fernando Lugo assume a presidência do Paraguai disposto a rever o Tratado de Itaipu e a situação dos estrangeiros que detém terras na chamada faixa de fronteira, 50 km dentro do território paraguaio. Pelo menos 3,5 mil famílias brasileiras vivem nos estados de Alto Paraná, Canindejú e San Pedro, onde são preocupantes os conflitos entre camponeses e fazendeiros. Os “brasiguaios” correm risco de perderem suas terras uma vez que são considerados invasores pelo futuro novo governo. Por enquanto, não há nenhum entendimento entre os governos do Brasil e Paraguai para evitar as desapropriações. Imigração A nova lei européia que endureceu o tratamento com relação aos imigrantes, sobretudo, latino-americanos tem gerado uma série de ações por parte dessa comunidade, incluindo o Brasil. Recentemente, a Polícia Federal realizou operação para buscar trabalhadores ilegais em empresas espanholas no Brasil. Até mesmo a esposa de um cônsul-adjunto em São Paulo foi presa. Atualmente, o Brasil tem uma dívida de 90 milhões de euros com o sistema público de saúde da Espanha, pelo tratamento de brasileiros naquele país. O governo espanhol não tem idéia de quando ou se vai receber esse valor.

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